Sexólogos e membros do conselho de psicanálise entram em consenso quando o assunto é a heteronormatividade.
Claro, o desejo sexual é um tema sobre o comportamento humano estudado ainda nos dias de hoje.
Neste post, entenda porque a comunidade LGBTQIAP+ nem sempre tem razão quando rotulam homens hétero de gays enrustidos!
Heteronormatividade e a escala Kinsey de sexualidade
Kinsey um sexólogo renomado que estudou durante anos a sexualidade humana disse que nem mesmo 10% da população seria heterossexual.
Com isso, muitos se encontram em um espectro ambíguo na escala, onde 0 é totalmente hétero e 6 é totalmente gay.
Diferentemente dos chamados bissexuais que se encontram na escala 3, os 1s, 2s, 4s, e 5s, são aqueles que optam por viver o que está de acordo com o coração, isto é, a afetividade e não o que manda o ponto de menor atração do seu espectro sexual.
Um exemplo da escala ambígua de um heteronormativo
Um homem que na escala Kinsey seria um 1, que sente ligeira atração por homens, mas majoritariamente por mulheres, tem como principal afetividade as mulheres e não os homens.
Dessa forma, o que muitos da comunidade acreditam ser uma vida matrimonial de fachada, na verdade é algo verdadeiro e genuíno.
Por outro lado, a busca pela expurgação do outro lado do desejo, que sim, acabou reprimido pelo contexto sexual em que vive também é genuíno.
Entretanto, neste caso, a heteronormatividade não se dá pela construção de imagem social, e sim por uma afetividade verdadeira, que na maioria dos casos onde o espectro da sexualidade é majoritário para um gênero, há a falta de afetividade para o outro onde a atração é menor.
As parafilias no espectro sexual
Todo tipo de desejo sexual específico em determinado tipo de ação, parte do corpo ou biótipo, é chamado de parafilia, um nome um tanto científico para o que conhecemos como fetiche.
Acontece que os desejos sexuais de quem tem a afetividade centrada em um único gênero, mas se sente atraído também por outro, se manifesta através desses fetiches.
Um exemplo dos fetiches de um indivíduo 1 ou 2 na escala, por exemplo, pode se manifestar através do desejo por partes específicas do corpo masculino, ou simplesmente pelo fato de estar em um mesmo ambiente com outros homens nus.
Por outro lado, não há a necessidade nesses indivíduos de associar atos de carinho e afetuosidade com as pessoas do mesmo sexo, como beijos ou abraços.
Conclusão
A maioria dos homens hétero se sentem atraídos por outros homens, o que não quer dizer que são gays enrustidos, apenas tem fetiches atrelados ao mesmo sexo, porém, continuam romanticamente e afetuosamente atraídos pelas mulheres.
O grande problema da nossa sociedade está na falta da educação sexual como um ponto importante, para que as pessoas não carreguem culpa por se sentirem diferentes ou até inferiores por terem fetiches que representam quase 80% de um determinado gênero. Afinal de contas, aposto que você não sabia disso?!
A culpa leva à repressão e a repressão leva a falta, seja na vida financeira, na saúde ou no amor. Daí, o magnetismo se reduz e a frustração sobrecarrega, trazendo cansaço e prostração. O resultado? Homens depressivos e ranzinzas.
Contudo, o tantra entra neste lugar para que a heteronormatividade seja validada e bem quista, sem culpa, e sem que os desejos mais inconscientes possam travar uma batalha interna na vida de cada um. Seja feliz, permita-se!
Esperamos você em uma sessão!
Acredito que muita gente entenda que o fetiche está junto da sexualidade e o lado afetivo também . É tudo um espectro então essas variáveis tiram os rótulos e até o sofrimento psicológico que muitos tem por não se aceitar e achar que está sendo o que não é .